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  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS COM PERDA AUDITIVA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS COM PERDA AUDITIVA

  • Categorias Blog, Produção Científica

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BOLETIM maio 2021

BOLETIM maio 2021 ingles

Existem diversas pesquisas que investigaram a influência da perda auditiva em pacientes idosos, mas ainda há muito a ser desvendado.  Estudos de ressonância magnética com o objetivo de identificar os fatores do envelhecimento mostraram que, em indivíduos saudáveis, ocorre uma perda anual do volume cerebral de 0,2% aos 35 anos de idade, ao passo que, aos 60 anos de idade. a perda alcança cerca de 0,5%. Interessantemente, foi averiguado que as alterações são mais evidentes nas seguintes regiões: lobo temporal, hipocampo e córtex pré-frontal. Não por coincidência, estas regiões estão envolvidas em habilidades vitais no processamento das informações auditivas, tais como memória visuoespacial episódica, associação de ideias, processo de aprendizagem, memória de trabalho, reconhecimento e discriminação sonora, memória de sons verbais e processos atencionais.  

Diante da possibilidade de alterações em diferentes regiões cerebrais, sabe-se que existem diferentes padrões de prejuízos auditivos entre os idosos. Portanto, seria de extrema importância que as condições auditivas destes pacientes fossem minunciosamente documentadas, possibilitando a compreensão das peculiaridades desta população. 

O processo de envelhecimento, frequentemente, está associado a problemas auditivos, seja na audibilidade dos sons, na percepção ou, ainda, seja na discriminação dos sons. Os prejuízos oriundos das questões auditivas, infelizmente, não se concentram apenas neste aspecto, existindo, repercussões mais importantes e profundas que podem ocasionar grande desconforto psicológico e funcional nestes idosos. 

O rebaixamento auditivo é uma realidade na população idosa, entretanto, existe um aspecto preocupante associado a esta deficiência, o isolamento social. Diante das dificuldades no processo comunicativo, não é incomum que os idosos se sintam excluídos, ou mesmo tenham receio de estarem incomodando a dinâmica familiar com interrupções nas rodas de conversa. As reações de idosos com perda auditiva são inúmeras, entre elas: depressão, solidão, frustração, vergonha, culpa, ansiedade, confusão, dificuldade de atenção e foco, diminuição da autoestima e da independência, pensamentos ruins e depreciativos e prejuízos importantes no processo comunicativo. 

Diante da diversidade de complicações decorrentes da perda auditiva nesta população, existe a necessidade de pensar além do processo de seleção e adaptação de aparelhos de amplificação sonora individual. É necessário atentar para as questões inerentes ao bem-estar. 

Desta forma, aplicação de questionários de avaliação do estado de qualidade de vida (EQV) e bem-estar psicológico destes pacientes é recomendada. Alguns protocolos para analisar o EQV em idosos foram desenvolvidos e estão disponíveis para aplicação, análise e conduta. A unanimidade é de que estes protocolos devem ser multidimensionais englobando bem-estar físico, bem-estar material, bem-estar social e bem-estar emocional.  

Abaixo, serão apresentados alguns dos instrumentos que poderão auxiliar no processo de análise do EQV nos idosos. Todos os questionários foram desenvolvidos com fácil nível de leitura, linguagem clara e direta e sem a exigências de muitas demandas cognitivas: 

  1. O inventário de perda auditiva para idosos (IPAI): um instrumento validado e fidedigno, que permite a autoavaliação dos aspectos auditivos dentro da dinâmica emocional e social; 
  1. O inventário de perda auditiva para adultos (IPAA): um instrumento derivado do IPAI, que permite a autoavaliação dos aspectos auditivos dentro da dinâmica emocional e sócio-situacional; 
  1. O inventário internacional de resultados para aparelhos de amplificação sonora individual (IIR–AASI): análise de aspectos relacionados à utilização do AASI. 

As respostas obtidas com os questionários acima permitem uma análise mais apurada das condições globais dos idosos e, portanto, poderão auxiliar no planejamento terapêutico identificando os malefícios da perda auditiva no dia-a-dia, bem como, o benefício da utilização do AASI, sendo relevante anotar que, em uma pesquisa realizada por Hyams e colaboradores com 100 idosos, foi averiguado que a qualidade de vida dos idosos é inversamente proporcional à presença de perda auditiva, assim, a perda auditiva parece ser um fator determinante na qualidade de vida e bem-estar. Portanto, a utilização do AASI parece melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes idosos. E o EQV pode ser preditor e um instrumento de monitoramento das condições psicológicas e auditivas. 

Em uma pesquisa longitudinal com cerca de 14.900 pacientes, apurou-se que a perda auditiva foi associada com o aumento de risco para o desenvolvimento da demência. No decorrer dos processos de entrevista e teste foi observada uma taxa mais rápida de declínio cognitivo nos pacientes com maiores prejuízos auditivos. Estes achados ratificam que a perda auditiva pode ser responsável por cerca de 9,1% do diagnóstico de demência ao redor do mundo. Sabe-se que a utilização do AASI ou IC poderia protelar, de modo significativo, o prejuízo cognitivo, a demência e a neurodegeneração global. 

Consequentemente, O EQV deveria ser um instrumento valorizado dentro da rotina clínica dos profissionais que atuam com os indivíduos idosos, visto que, por exemplo, cerca de um terço dos pacientes diagnosticados com a Doença de Alzheimer ao redor do mundo poderia ter o diagnóstico postergado por meio do uso de algum tipo de dispositivo eletrônico. Posto isto, os EQV por serem de fácil aplicação poderiam ser utilizados tanto no processo de diagnóstico, quanto no monitoramento do tratamento de nossos idosos.  

 

Referências consultadas: 

  1. Felce D, Perry J. Quality of life: its definition and measurement. Res Dev Disabil. 1995;16(1):51–74.  
  1. Monzani D, Galeazzi GM, Genovese E, Marrara A, Martini A. Psychological profile and social behaviour of working adults with mild or moderate hearing loss. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2008;28(2): 61–66. 
  1. Weinstein BE, Spitzer JB, Ventry IM. Test-retest reliability of the Hearing Handicap Inventory for the Elderly. Ear Hear. 1986;7(5):295–299.  
  1. Newman CW, Weinstein BE, Jacobson GP, Hug GA. The Hearing Handicap Inventory for Adults: psychometric adequacy and audiometric correlates. Ear Hear. 1990;11(6):430–433.  
  1. Cox R, Hyde M, Gatehouse S, et al. Optimal outcome measures, research priorities, and international cooperation. Ear Hear. 2000;21(Suppl 4): 106S–115S. 
  1. Jayakody DMP, Friedland PL, Martins RN and Sohrabi HR. Impact of Aging on the Auditory System and Related Cognitive Functions: A Narrative Review. Front. Neurosci. 2018; 12:125.  
  1. Hyams AV, Hay-MCCutcheon M, Scogin F. Hearing and quality of life in older adults. Journal of Clinical Psychology. 2018; 74(10): 1874-1883. 
  1. Tai, SY, Shen CT, Wang LF, Chien CY. Association of sudden sensorioneural hearing loss with dementia: a nationwide cohort study. BMC Neurology. 2021; 21-88:1-8. 
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Dra Milaine Sanfins Dr Piotr Skarzynski Fga Mariana Cardoso Guedes

DRA. MILAINE DOMINICI SANFINS
Pesquisadora e Posdoctoral Fellow pelo World Hearing Center - Polônia.

Doutora em Ciências na área de Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP e pelo Dipartimento di Scienze Biomediche e Chirurgico Specialistiche della Università degli Studi di Ferrara.

Especialista em Audiologia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia.

Mestre em Ciências e Fonoaudióloga pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP.

Revisora de periódicos científicos nacionais e internacionais.

Fundadora do Centro de Eletrofisiologia e Neuroaudiologia Avançada.

Professora do Curso de pós graduação em Audiologia Clínica do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein

Atua ativamente na área de desenvolvimento de pesquisas e atendimento clínico na área de Neuroaudiologia, Neurociência, Avaliação Eletroacústica e Eletrofisiológica da Audição (emissões, potenciais evocados de curta, média e longa latência)

DR. PIOTR H. SKARZYNSKI
- Otorrinolaringologista com Mestrado e Doutorado
pela Universidade Médica de Varsóvia.
- Especialista em Otorrinolaringologia, Otorrinolaringologia
Infantil, Audiologia e Foniatria.
- Atualmente está na especialização em saúde pública.
- Membro Honorário de Otorrinolaringologia da Sociedade de
Danúbio.
- Membro de especialistas em Saúde Digital da Organização
Mundial de Saúde (OMS).
- Membro da Academia Europeia de Otologia e Neurotologia.
- Vice-presidente da Sociedade Internacional de Telemedicina
e e-Health, Representante da Comunidade Europeia na Sociedade
Internacional de Audiologia e da Sociedade de Otorrinolaringologia, Foniatria e Audiologia.
- Auditor da Federação Europeia das Sociedades de Audiologia.
- Pesquisador no World Hearing Center of Institute of Physiology and Pathology of Hearing,
Institute of Sensory Organs and Medical University of Warsaw.

FGA. MARIANA CARDOSO GUEDES
- Graduação e pós pela FMUSP
- Fonoaudióloga clínica na empresa audição na criança e
consultora em reabilitação auditiva para a Cochlear América Latina
e mentoranda em AVT.

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